Tarifa de Contingência: bons números, novos hábitos

Por: Lérida Freire e Renata Nunes

Dados levantados pela Cagece apontam redução de 17,70% no consumo de água, quando comparado o primeiro semestre de 2014 (período anterior ao agravamento da crise hídrica) até outubro deste ano.

 

A Tarifa de Contingência foi implantada no final de 2015 como forma de estimular a população de Fortaleza e de mais 17 municípios da Região Metropolitana (RMF) a reduzir o consumo hídrico. O mecanismo tem gerado bons números com relação à economia de água.

Somente no mês de outubro de 2017, conseguiu-se economizar 16,75% no volume de água consumido por ligação, a partir da tarifa, o volume de água suficiente para abastecer Fortaleza durante um mês.

O volume economizado em 2017 foi de 13 milhões de metros cúbicos de água (m³). A RMF consome, em média, 10,6 milhões de m³.

Dados levantados pela Cagece apontam redução de 17,70% no consumo de água, quando comparado o primeiro semestre de 2014 (período anterior ao agravamento da crise hídrica) até outubro deste ano.

De acordo com Agostinho Moreira, superintendente Comercial da Cagece, a redução do consumo já é significativa. A média do volume consumido por ligação da RMF no primeiro semestre do ano passado foi de 11,85 m3, por exemplo, enquanto que no mesmo período de 2017 esse volume foi de 10,86 m³.

De acordo Agostinho, isso significa que a medida tem ajudado a modificar a forma como a população consome água. “As pessoas estão mudando os hábitos de consumo e dificilmente voltarão aos costumes antigos mesmo quando a tarifa deixar de ser aplicada”, acredita.

Logo quando começou a vigorar, a Tarifa de Contingência tinha meta de redução do consumo de 10%. Mas em agosto de 2016 o Governo do Ceará apresentou o Plano de Segurança Hídrica da RMF com onze ações para minimizar os efeitos da seca em todo o estado. A revisão da tarifa estava entre as ações, e com o aval da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), a meta passou para 20%.

 

A Tarifa de Contingência foi implantada no final de 2015 como forma de estimular a população de Fortaleza e de mais 17 municípios da Região Metropolitana (RMF) a reduzir o consumo hídrico. O mecanismo tem gerado bons números com relação à economia de água.

Somente no mês de outubro de 2017, conseguiu-se economizar 16,75% no volume de água consumido por ligação, a partir da tarifa, o volume de água suficiente para abastecer Fortaleza durante um mês.

O volume economizado em 2017 foi de 13 milhões de metros cúbicos de água (m³). A RMF consome, em média, 10,6 milhões de m³.

Dados levantados pela Cagece apontam redução de 17,70% no consumo de água, quando comparado o primeiro semestre de 2014 (período anterior ao agravamento da crise hídrica) até outubro deste ano.

De acordo com Agostinho Moreira, superintendente Comercial da Cagece, a redução do consumo já é significativa. A média do volume consumido por ligação da RMF no primeiro semestre do ano passado foi de 11,85 m3, por exemplo, enquanto que no mesmo período de 2017 esse volume foi de 10,86 m³.

De acordo Agostinho, isso significa que a medida tem ajudado a modificar a forma como a população consome água. “As pessoas estão mudando os hábitos de consumo e dificilmente voltarão aos costumes antigos mesmo quando a tarifa deixar de ser aplicada”, acredita.

Logo quando começou a vigorar, a Tarifa de Contingência tinha meta de redução do consumo de 10%. Mas em agosto de 2016 o Governo do Ceará apresentou o Plano de Segurança Hídrica da RMF com onze ações para minimizar os efeitos da seca em todo o estado. A revisão da tarifa estava entre as ações, e com o aval da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Estado do Ceará (Arce), a meta passou para 20%.

 

Para onde vai esse recurso?

Os recursos recebidos estão sendo utilizados em ações de combate ao desperdício, como redução de perdas e vazamentos. Segundo Agostinho, a Cagece apresentou às agências reguladoras do estado um plano de ação informando em quais ações o dinheiro da Tarifa de Contingência seria aplicado.

“Tem que haver autorização das agências reguladoras para que a gente possa utilizar esses recursos nas ações aprovadas e que tenham esse foco de combate à escassez hídrica e redução de perdas”, afirma.

Uma das ações que a Cagece implantou com os recursos provenientes da tarifa foi o aumento do número de equipes para retirada de vazamentos. Com isso, o tempo para retirada de um vazamento diminuiu de 24 para 11 horas. As ações de combate a fraudes também foram intensificadas. Mais equipes estão em campo fiscalizando imóveis e verificando onde há ligações clandestinas e outras irregularidades que contribuem para o desperdício.

O reúso da água da lavagem de filtros da Estação de Tratamento de Água (ETA) Gavião, que está no Plano de Segurança Hídrica da RMF, também faz parte das ações desenvolvidas pela Cagece a partir do arrecadado com a tarifa. “São alguns exemplos de ações que só puderam ser desenvolvidas porque esse dinheiro chegou”, comenta Agostinho.

Novos hábitos

Josias Farias Neto mostra com orgulho o resultado dos novos hábitos

Os números da economia de água conseguidos com a tarifa mostram que o mecanismo de estímulo à redução de consumo tem gerado resultados e a percepção de que os cearenses estão mais conscientes.

No condomínio em que o agrônomo Josias Farias Neto mora foi preciso haver a cobrança da tarifa para que os condôminos buscassem alternativas de economia de água. Ele explica que em julho de 2016 a conta de água do condomínio, que fica no bairro de Fátima, em Fortaleza, chegou a quase R$ 10 mil.

Foi montada uma comissão da água para estudar ações que visassem a economia de água no condomínio. Em reuniões semanais, a comissão apresentou primeiramente três propostas para diminuir o consumo hídrico no residencial: sensibilização com os moradores através de palestras, estímulo à compra de um kit de acionamento duplo para as descargas e verificação de vazamentos.

A Gerência de Responsabilidade e Interação Social da Cagece (Geris) realizou palestra no condomínio em que Josias mora com intuito de informar os moradores sobre a situação hídrica no estado, conscientizá-los sobre uso adequado da água e dar a eles outras alternativas para que conseguissem economizar. “Além da palestra, nós verificamos também cada apartamento e dos 50, dezenove apresentaram vazamentos. Na piscina também foi encontrado um vazamento e todos foram reparados”, afirma.

Em agosto de 2016, após três meses do início das ações no condomínio, o valor da conta de água teve redução de 54%. Atualmente, Josias afirma que a fatura tem apresentado oscilações no consumo e que o trabalho de conscientização com os moradores continua. “É algo que tem que ser contínuo. Temos até um grupo no WhatsApp para chamar atenção das pessoas do condomínio para economizar ainda mais”, comenta.

Atendimento à Imprensa

Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece)
Dalviane Pires
Renata Nunes
Contato: (85) 3101.1826 / (85) 9 8878.8932
E-mail: comunicacaocagece@gmail.com