Monitor aponta redução da seca relativa no Ceará, mas cenário ainda é de alerta

O mais recente mapa do Monitor de Secas do Nordeste aponta que o Ceará fechou março com seu território 25,48% sem seca relativa. Os resultados foram elaborados pela Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) em conjunto com outros institutos de meteorologia do Nordeste e coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA).

O dado ainda é considerado alarmante, pois 74,52% do estado ainda encontra-se com algum nível de seca relativa. Porém, quando comparado com a março de 2017, o cenário é melhor, pois o estado não tinha área livre de seca naquela época. De acordo com o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Funceme, Raul Fritz, a redução se deu pelas chuvas registradas durante os dois primeiros meses da quadra chuvosa, ou seja, fevereiro e março.

“As precipitações, apesar de, no último mês, terem ficado abaixo da média, foram responsáveis pela diminuição dos impactos da seca, principalmente da área do litoral e noroeste do Ceará”, explica o meteorologista.

No comparativo com o mapa do Monitor de Secas de fevereiro, não houve mudanças significativas. Na parte norte do Estado onde, em algumas áreas, as precipitações foram regulares ao longo do período, os indicadores mostram uma redução de um nível de severidade da seca, além de um aumento na área sem seca. Já a parte centro-sul, as precipitações de março foram irregulares e os indicadores de curto e longo prazo não indicam mudança no cenário de forma geral.

Aporte

Conforme a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), as chuvas caídas na bacia de contribuição do açude Castanhão – o maior reservatório do estado, e uma das maiores barragens de múltiplos usos do Nordeste – elevaram as suas reservas de 139,5 milhões de metros cúbicos de água em fevereiro para 487,61 milhões de metros cúbicos hoje.

O volume mais que triplicou no período, saltando de 2,08% para 7,28%. O açude continua recebendo aportes significativos. Contudo, é necessário ressaltar que os níveis ainda são baixos, visto que o Castanhão é um reservatório estratégico não só para o Vale do Jaguaribe.

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