
Cogerh e Cagece conhecem experiências exitosas implantadas na Sabesp
Projetos na área de reúso de água, eficiência e geração de energia, e modelos de gestão corporativa foram apresentados a comitiva de gestores da Cogerh e da Cagece
Reúso de água, eficiência energética e contratos de performance foram os três temas apontados como de maior relevância abordados durante visita técnica que dirigentes da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) e da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) realizaram, nesta semana, à Companhia de Saneamento de São Paulo (Sabesp). Também mereceu destaque, a apresentação sobre o modelo de gestão da companhia paulista, que tem capital aberto e está na Bolsa de Valores de Nova Yorque (EUA).
O encontro, ocorrido entre a segunda-feira (14/05) e a última quarta (16/05) proporcionou ao corpo técnico e gerencial das duas companhias cearenses o contato com programas de interesse tanto dos Recursos Hídricos quanto do Saneamento no Ceará. “Eu destacaria o projeto já implantado pela Sabesp na área de reúso de água. Não só as suas instalações físicas mas, principalmente a engenharia institucional que proporcionou a sua viabilidade”, avaliou o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias.
Na mesma linha, o presidente da Cagece, Neuri Freitas, destaca a experiência do reúso implementada na Sabesp. “Trata-se de um modelo que a gente tem pensado para o Pecém (Complexo Industrial e Portuário do Pecém – CIPP), mas não conseguiu viabilizar ainda. Mas, acho que com Cagece e Cogerh dentro do projeto, e seguindo um pouco do que eles fizeram aqui, a gente vai conseguir ter água de reúso naquela área industrial, deixando o CIPP independente das águas convencionais”, disse Neuri.
Freitas também destacou os modelos de “contratos de performance” implantados na Sabesp sobretudo para o combate a perdas por ligações clandestinas. “Eu penso que esse modelo que vimos aqui, com o ente privado prestando serviços por tempo determinando à empresa pública, pode ser implantado no Ceará, tanto pela Cagece no saneamento, quanto pela Cogerh no setor de irrigação”, defende o presidente da Cagece.
Na área de energia, dois programas da Sabesp foram conhecidos pela comitiva cearense: o de eficiência energética e o de geração de energia. “Esses projetos nos interessam, já que estamos na busca de alternativas que nos possibilitem a redução dos custos de operação de todo o nosso sistema hídrico”, ressaltou João Lúcio Farias. “Principalmente dos nossos sistemas de transferência de água, nossas estações de bombeamento”.
A visita foi encerrada com a apresentação do modelo de gestão da companhia paulista que, de desacreditada e apontada como ineficiente nos anos 1990, assumiu, atualmente, destaque mundial dentre as empresas de saneamento. “Esse modelo de gestão deles também foi interessante de ver”, avalia Neuri Freitas. “A Sabesp conseguiu hoje ser uma empresa com ações negociadas na Bolsa (de Valores) de Nova Yorque, onde as exigências são enormes”, destaca.
PROJETO AQUAPOLO
Foi a crise hídrica que proporcionou a “solução reúso” para o fornecimento de água ao Polo Petroquímico de Mauá. A dificuldade de abastecimento nos momentos mais agudos da crise hídrica que assolou São Paulo a partir de 2014, criou as condições para a engenharia institucional que resultou no projeto Aquapolo. O projeto é uma Parceria Púplico-Privada que que trata efluentes e fornece água de reúso às empresas petroquímicas. A vazão atual é de 400 l/s, mas a capacidade instalada de produção é de 650 l/s. Esse modelo, envolvendo parceiro privado, e tendo um polo industrial como destino dessa água de reúso, deverá balizar o projeto que o Ceará pretende desenvolver no Pecém.
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