
Imagens de satélite intensificam monitoramento dos Recursos Hídricos no Ceará
Cogerh vai receber diariamente imagens de todo território cearense
Imagem ilustrativa
A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) deu um passo importante na busca pela otimização do monitoramento dos usos da água em todo o Ceará. A companhia vai ter acesso diário a imagens de satélite de alta qualidade para identificar áreas sujeitas a fiscalização, onde valem algumas regras de restrição do uso da água por causa da seca, por exemplo. Técnicos da Cogerh vão receber treinamento para operação das imagens a partir desta semana. Os núcleos das regionais de Limoeiro do Norte e de Sobral, participam da primeira capacitação para operar o sistema.
A vantagem da iniciativa, com imagens diárias e de todo o estado, possibilita a detecção de irregularidades com agilidade. “É o auxílio da tecnologia para o cumprimento dos parâmetros definidos na alocação negociada de água com foco na fiscalização”, avalia o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias. São imagens coletadas diariamente por mais de 150 satélites com o objetivo de fazer cumprir instrução normativa Nº 02 da Secretaria de Recursos Hídricos, que dispõe sobre os instrumentos de fiscalização, autuação e interposição de recursos por infrações à Legislação Estadual de Recursos Hídricos.
Segundo Vinicius Rissoli, engenheiro representante da empresa que detém a tecnologia dos satélites, as imagens serão fornecidas em até 48h em plataformas em web “para que os técnicos da Cogerh possam acessar de forma rápida e fácil e com altíssima altíssima resolução espacial. São imagens com 3 metros de distância”, explicou Rissoli. O investimento no projeto foi da ordem de R$ 2 milhões e tem duração de, pelo menos 3 anos, conforme contrato firmado entre Cogerh e a Planet, empresa norte americana que possui a tecnologia de satélites.
O sistema também vai auxiliar na observação da qualidade da água, além de monitorar possíveis irregularidades em áreas de proteção próximas a açudes. “Vamos ter condições de identificar desmatamento em alguma área do reservatório,além de agressões ao meio ambiente em torno os mananciais. Sem dúvidas, o Estado passa a ter um monitoramento mais efetivo com a aquisição dessa tecnologia”, avalia João Lúcio Farias, presidente da Cogerh.
Imagem de satélite
Software vai emitir alertas quando identificar mudanças nas imagens entre os períodos observados. Na foto ao lado, comparativo do açude Castanhão em 2019 e 2016.
Protótipo de Sistema de Alerta de Infrações
A companhia negocia, ainda, um protótipo de um “Sistema de Alerta”, um software que vai “avisar” quando encontrar mudanças entre períodos. “ Quando o usuário fizer um desmatamento, construir um tanque, e encher alguma coisa o sistema vai notar a diferença tomando como base uma imagem anterior e uma mais recente, indicando que houve alteração no espaço”, explica Alves Neto, técnico de fiscalização. “ O sistema vai dar alertas. Então em vez de olhar pro sistema como um todo o técnico vai focar no que precisa ir”, completa.
A empresa responsável pela tecnologia desenvolverá o protótipo em até 6 meses. “A Cogerh vai testar e avaliar o protótipo. Dependendo do resultado final, fazemos a aquisição”, conclui Alves.
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