Ceará não deve sofrer impacto direto do avanço da nuvem de poeira do Saara
O Ceará não deve ser diretamente impactado pelo avanço da nuvem de poeira do Saara nos próximos dias. É o que apontam resultados de modelos numéricos de previsão divulgados pela Global Modeling and Assimilation Office (GMAO), da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa, em inglês), nesta quinta-feira (25).
As simulações apontam que a capital cearense está na “periferia” do fenômeno e, diante disto, os possíveis impactos serão simples. O cenário é diferente em áreas dos Estados Unidos, Canadá e México, onde a visibilidade já está bastante afetada.
“Esta nuvem de poeira que se desloca da África em direção ao Caribe é uma massa de ar seco carregada de partículas de areia que se forma sobre o deserto do Saara nesta época do ano e se move para o oeste. Quando ocorre, costuma ser de curta duração, não superior a uma semana, porém a presença de ventos pode fazer com que cruze o Atlântico, percorrendo mais de 10 mil quilômetros. Diante disto, o Ceará não deve ser afetado diretamente”, explica Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme.
Diante do atual cenário e pelos resultados de tecnologias de previsão, a passagem da “Godzilla”, como vem sendo chamada, pode alterar apenas a coloração do céu visto do Ceará durante o nascer e/ou pôr do sol.
“Normalmente, durante o nascer e pôr do sol enxergamos o céu com uma cor alaranjada porque com o astro-rei mais próximo do horizonte, os raios solares atravessam uma camada maior da atmosfera e, com ela mais poluída por partículas de poeira ou fumaça, pode colaborar para um pôr ou nascer do sol mais avermelhado ou alaranjado”, reforça Sakamoto.
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