Acompanhamento da operação dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú é divulgado pela Cogerh
Prestação de contas dos três maiores reservatórios do Ceará indica que Castanhão, Orós e Banabuiú operam dentro dos parâmetros aprovados no seminário de alocação negociada das águas
A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos – Cogerh promoveu ontem (26) nova Reunião de Acompanhamento da Operação dos Vales do Jaguaribe e do Banabuiú. Na ocasião, foram apresentados os resultados mais recentes da operação para 2020.2 dos açudes Castanhão, Orós e Banabuiú, cujas vazões foram aprovadas no XXVII Seminário de Alocação das Águas dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú em 29 de junho.
O encontro ocorreu em formato virtual devido às medidas de segurança do decreto de isolamento social. Elano Joca, Diretor de Planejamento da Cogerh, considera que 2020 tem sido um ano atípico, mas “com o trabalho conjunto entre a Cogerh e os Comitês de Bacia Hidrográfica do estado, temos superado muitas barreiras e apresentado um bom crescimento”.
Hoje, os 3 maiores açudes do estado encontram-se com os seguintes volumes acumulados: Orós – 22,11%; Castanhão – 12,16%; Banabuiú – 12,39%. De acordo com os dados apresentados pela equipe técnica da Cogerh, a vazão média operada nos reservatórios encontra-se dentro dos parâmetros aprovados.
O Açude Banabuiú teve, dentre as premissas de operação, a liberação através de descargas controladas em ondas e o uso prioritário para abastecimento humano e dessedentação animal. Não houveram restrições para irrigação e demais usos – desde que não fossem comprometidos os sistemas de abastecimento. Luis César Pimentel, coordenador na Gerência Regional de Quixeramobim, relatou que o reservatório apresentou uma variação negativa de 0,62 hm³ entre o volume simulado e realizado.
Já o Açude Orós teve uma variação positiva de 6,41 hm³ entre o volume simulado e realizado. Segundo o gerente regional de Iguatu, Anatarino Torres, a nebulosidade alta e as consequentes precipitações ocorridas na região contribuíram para o aumento desse volume. O gerente também indicou que a Tomada D’Água em Lima Campos deve passar por reparos em 2021.
Seguindo a tendência do acompanhamento realizado em setembro, o Açude Castanhão permaneceu tendo a maior variação volumétrica dos três açudes: 27,89 hm³ acima do cenário aprovado. O gerente regional de Limoeiro do Norte, Hermilson Barros, relatou que o Rio Jaguaribe apresenta uma perenização atual de 130 km.
Fiscalização
Dentre as ações realizadas na região do açude Castanhão, Hermilson Barros elencou campanhas de limpeza, acompanhamento e medição de vazão no leito perenizado do Rio Jaguaribe. O gerente destaca o monitoramento via satélite e o uso de drones aliado às campanhas de fiscalização, que visam coibir usos irregulares dos recursos hídricos.
Na última semana, uma fiscalização realizada em Jaguaruana, na região do Vale do Jaguaribe, resultou em 17 motores de captação de água lacrados. Os aparelhos estavam atuando de forma irregular e desviavam o fluxo natural da água para a carcinicultura, impedindo que o recurso chegasse à área de captação da Cagece. A campanha de fiscalização foi uma parceria entre Secretaria de Recursos Hídricos (SRH), Cogerh e Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA).
Saiba mais: Ação de fiscalização do Estado barra uso irregular de água em Jaguaruana
Na Reunião de Acompanhamento, integrantes dos Comitês de Bacia (CBHs) envolvidos propuseram uma integração maior entre os órgãos do Estado envolvendo a Superintendência Estadual do Meio Ambiente – Semace e outras instituições competentes para a preservação dos recursos naturais. A sugestão recebeu um parecer positivo da diretoria da Cogerh, que destacou que o órgão fiscalizador, a SRH, já constrói um diálogo com entidades parceiras dentro dos procedimentos legais e institucionais.
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