RASB 2020: Grau de alto risco elencado no Relatório de Segurança de Barragens não significa perigo de ruptura

Nenhuma barragem sob responsabilidade do Estado corre qualquer risco de arrombamento

A nomenclatura utilizada no relatório anual de Segurança de Barragens da Cogerh – RASB 2020 – para elencar os reservatórios com “prioridade máxima de intervenção” em nada tem relação com o risco de ruptura. O diretor de Operações da Cogerh, Bruno Rebouças, reforça que o tópico significa a priorização de investimentos com objetivo de realizar ações corretivas e de manutenção, levando em conta o orçamento da Companhia e a busca por investimentos.

“Quando o relatório traz 19 reservatórios com prioridade máxima de intervenção é porque, baseado em nossas inspeções, nós teremos de priorizar recursos em nosso orçamento para fazer as correções em tempo e evitar que essas pequenas anomalias se tornem anomalias maiores, e, aí sim, levem risco”, explicou sobre a metodologia utilizada para construção de parte do relatório.

O RASB elenca todas as ações de Inspeção de Segurança realizadas todos os anos pela Cogerh e é resultado do Programa de Gestão de Segurança desenvolvido pela Companhia. Mais do que transparência das ações executadas pela Cogerh na manutenção das barragens, o documento também serviu de inspiração para Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. É que o modelo de check-list desenvolvido pela Cogerh também é usado pela ANA em sua rotina de inspeções.

Jaburu I

A classificação de risco alto atribuída pelo relatório ao reservatório Jaburu I, localizado na bacia da Serra da Ibiapaba, se deve ao surgimento de uma anomalia na região a jusante da estrutura. “Trata-se de uma percolação com presença de sedimentos no medidor de vazão MV 04. Desde a detecção desta anomalia diversas medidas foram tomadas para garantir a segurança da estrutura”, reforça Bruno Rebouças.

A classificação de alto risco, entretanto, não significa estado de emergência nem indica perigo de ruptura. “Desde a detecção da anomalia, o monitoramento foi intensificado, consultores especialistas em geotecnia e geologia foram contratados, e, atualmente, encontra-se em andamento uma intervenção na região com injeções de calda de cimento”ressaltou Rebouças.

Também será elaborado projeto básico para construção de um dreno na área do MV04, para evitar o retorno dos problemas. O investimento em ações corretivas na barragem Jaburu I gira em torno de R$ 20 milhões.

Com relação às outras barragens, elencadas pelo relatório, a maioria dos serviços executados ano passado e neste ano, são de ordem preventiva e de manutenção rotineira, conforme explicou Bruno. O diretor ressaltou, mais uma vez, que não há nenhuma barragem sob responsabilidade do Estado com risco de ruptura.

Mais segurança e trabalho contínuo

Embora a Legislação Nacional de Segurança de Barragens determine a necessidade de inspeção apenas uma vez por ano, a Cogerh realiza duas inspeções anuais: uma antes e outra após a quadra chuvosa.

O diretor de Operações da Cogerh, Bruno Rebouças, reforça que a metodologia representa ainda mais segurança no âmbito do Programa de Gestão de Segurança desenvolvido pela Companhia .“Nós realizamos duas inspeções justamente para que as ações sejam feitas de maneira rápida, evitando que um pequeno problema hoje , que pode ser um fio quebrado ou uma canaleta obstruída, se transforme em algo maior no futuro”, comentou.

“Atuamos de maneira contínua ao longo de todo o ano, com base em um planejamento focado em resultados e na melhoria constante. Todos os anos, avaliamos e aprimoramos nosso trabalho, visando entregar os melhores resultados no âmbito da segurança das barragens de responsabilidade da Companhia”, ressaltou Bruno Rebouças sobre a política de Gestão de Segurança de Barragens executada pela Cogerh.

O RASB apresenta à sociedade o cenário da segurança de barragens e um panorama da evolução da segurança das estruturas sob sua responsabilidade. A gerente de Segurança e Infraestrutura da Companhia, Itamara Taveira, reforça que o relatório é uma das ferramentas do Programa de Gestão de Segurança desenvolvido pela Companhia.

“É lá que estão compiladas todas as atividades de segurança de barragens desenvolvidas durante cada ano, como treinamentos, inspeções regulares e especiais, leituras da instrumentação, avaliação do potencial de risco, manutenções preventivas e corretivas e obras de recuperação, além da elaboração de orçamentos e termos de referência para a recuperação de estruturas”, reforçou.

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