Castanhão e Orós atingem melhor nível desde 2015
O bom início da quadra chuvosa deste ano fez com que o nível do açude Castanhão, o maior reservatório do Estado, atingisse o melhor nível desde o ano de 2015, quando o volume de água se aproximou dos 16%. Nesta terça-feira (12), o Portal Hidrológico do Ceará apontou o Castanhão com 17,72% de volume. Segundo o secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, as chuvas de março foram intensas principalmente na região do Cariri, ajudando no aporte do açude Castanhão. “O reservatório saiu de pouco mais de 8% para mais de 17%, o que é um aporte representativo, mas vale ressaltar que não trás a garantia para o abastecimento de todos os seus múltiplos usos, sobretudo, o da agricultura irrigada Temos a garantia para o abastecimento hídrico humano de todo o ano, mas não podemos ter essa garantia para os demais usos”.
Neste primeiro trimestre do ano, o reservatório aportou quase 600 milhões de metros³. Esta foi a maior recarga dentre os 155 açudes cearenses em 2022. Ainda segundo o secretário Teixeira, as chuvas do mês de abril e maio podem aumentar ainda mais o nível dos açudes e consequentemente, aumentar a garantia hídrica para todo o Estado do Ceará para os próximos anos. “O aporte do açude Castanhão melhorou muito a garantia para a Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), ao fim da quadra chuvosa vamos ter uma noção mais real dos aportes e de suas garantias”.
Outro reservatório que também atingiu seu melhor volume hídrico dos últimos sete anos foi o Orós, que é o segundo maior do Estado. Atualmente, o açude está com 42,18%
Aporte geral
Nesta terça-feira (12), o Estado do Ceará se encontra com 32,11% de aporte nos seus açudes. São 27 açudes sangrando e 5 acima de 90%. A região com maior volume armazenado é a do Coreaú, que aportou 92,9% dos seus reservatórios.
Em contraste, os açudes bacias do Banabuiú e do Curu não tiveram um aporte substancial, aportando até o momento 7,7% e 16,3% respectivamente. O Banabuiú, terceiro maior reservatório do Estado está, atualmente, com apenas com 8,29%.
Segundo o secretário Teixeira, essas duas regiões são as que exigem monitoramento mais “minucioso”, “muito embora a situação esteja sob controle e sem risco de desabastecimento”.
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