Dia Mundial da Água: Planejamento e controle norteiam a gestão das águas no Ceará

Ações de reúso, gestão social e proposta de uma Pedagogia da Água, garantem abastecimento hídrico ao Ceará e norteiam trabalho da Companhia frente a período de estiagem

Falar em economia de água mesmo em período de seca é imprescindível. A convivência com a estiagem nunca foi novidade aqui, mas o hiato de seis anos sem chuvas significativas – o maior da história – desafia populações e governos na gestão e planejamento do uso da água.

No dia em que se comemora o Dia Mundial da Água, celebrado nesta quinta (22), a Cogerh aponta o planejamento contínuo e ações de reúso de água como responsáveis por garantir as reservas do recurso no estado. “O trabalho centrado no controle da oferta e gestão da demanda de água tem gerado muito avanço na gestão do recursos hídricos, em diversos setores. É isso que gera economia de água, é você ter esse monitoramento”, explica João Lúcio Farias, presidente da Cogerh.

Ações junto ao setor de saneamento e em conjunto com a Cagece são exemplos do controle que Companhia vem desenvolvendo que geram economia. A retirada de vazamentos e o reúso da água usada nas lavagens de filtros da Estação de Tratamento Gavião, do sistema de saneamento da região Metropolitana, gerou um incremento de aproximadamente 750 l/s, número valioso na contabilidade do reúso da água.

Talvez umas das maiores ações da Cogerh no sentido de aumentar a oferta da água, as águas subterrâneas foram destaque no planejamento nos últimos anos. “ Fizemos um trabalho de integração cada vez maior das águas subterrâneas com águas superficiais. Foram mais de 6 mil ações de aproveitamento de águas subterrâneas em todo o estado, em parceria com a Sohidra”, elenca João Lúcio.

Numa região semiárida nós temos que ter um processo pedagógico de melhor uso das águas. A sociedade precisa receber informações para que o consumo seja melhorado. É nossa função fazer também esse trabalho pedagógico

João Lúcio Farias

Presidente da Cogerh

Gestão social

O consumo de água por parte da população também vem assinalando mudanças positivas. Na região metropolitana, por exemplo, o consumo vem registrando valores abaixo do normal, assinalando 100 l/s, quando o o usual é de 150 l/s. “ A população também está começando a entender que precisa economizar”, destaca Farias. Os comitês de bacias Hidrográficas, que decidem o uso da água, também tem levado esta mensagem à população.

Ao todo 30% de economia é gerada com planejamento e a gestão social executada pela Companhia, experimentada pelos comitês de bacias e comissões gestoras espalhados pelo estado.

Para João Lúcio Farias, entretanto, é preciso melhorar a relação da população com a água. É o que ele chama de uma nova pedagogia da água. “Numa região semiárida nós temos que ter um processo pedagógico de melhor uso das águas. A sociedade precisa receber informações para que o consumo seja melhorado. É nossa função fazer também esse trabalho pedagógico, de levar uma nova pedagogia das águas, um novo comportamento com relação a utilização da água” finaliza o gestor.

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