Funceme reforça aviso meteorológico para baixa umidade do ar
A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) reforça aviso meteorológico para baixa umidade do ar no Ceará até a próxima quinta-feira (8), pelo menos.
De acordo com a previsão, a tendência é de taxas em torno dos 15% no centro-sul do Estado. Neste cenário, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica como alerta, já que, entre os possíveis impactos estão o ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz.
Segundo a OMS, quando o índice de umidade relativa do ar ficar abaixo dos 30%, o quadro já é considerado preocupante, pois o nível ideal vai de 60 a 80%.
Período típico
O mês de outubro é tipicamente seco, o que reforça as características da primavera no estado. De acordo com dados da Funceme, a normal climatológica para precipitações é de apenas 3,9 milímetros para o território como um todo.
Considerando o histórico, Sobral, no Litoral Norte, é o município com a maior temperatura máxima média. Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a normal climatológica é de 36,6°C. Logo atrás vem Crateús (36°C) e Morada Nova (35,9°C).
“Encerrada a estação chuvosa, se tornam comuns os dias com céu claro, com poucas nuvens, assim, a temperatura máxima, que é aquela registrada por volta das 14 horas, tende a ser ligeiramente mais alta e nessas períodos de alta temperatura, a umidade relativa do ar, ao contrário, pode cair a níveis preocupantes do ponto de vista de saúde”, explica Meiry Sakamoto, gerente de Meteorologia da Funceme.
As regiões do interior do estado, especialmente, o centro-sul, são as áreas onde a umidade relativa do ar costuma apresentar índices mais baixos nessa época do ano. Isto se dá por condições naturais.
“A continentalidade, ou seja, a distância do oceano também contribui para os baixos índices de umidade relativa do ar. Além disso, os ventos mais fortes ajudam a aumentar a evapotranspiração da vegetação, já castigada pelo solo seco e a falta de chuvas. Já próximo à faixa litorânea, a umidade proveniente da evaporação da água do mar e que é transportada ao continente pelos ventos faz com que esta porção do Estado não apresente tempo seco como aquele no interior”, complementa Sakamoto.
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